Trombose: prevenção e diagnóstico precoce

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Uma vida sem movimentos é muito prejudicial à saúde. Aumenta as chances de aparecimento de varizes e impacta negativamente na circulação. Nos últimos meses, além de conviver com o confinamento, as pessoas e sua imunidade são abaladas diariamente pelo stress, ansiedade e outras consequências da pandemia. No que se refere ao funcionamento vascular, o importante é priorizar os bons hábitos, mesmo que seja inevitável o isolamento.

Para os que têm ficado restritos a pequenos espaços, recomendamos pausas para exercícios de panturrilha e caminhadas curtas e espaçadas. As dicas valem tanto para quem tem dificuldades de mobilidade, como os idosos e obesos, que enfrentam mais restrições, como para quem está sendo obrigado a trabalhar home office em pequenos cômodos e espaços limitados. O que poderá variar, de acordo com o condicionamento de cada um, é a intensidade dos exercícios. Por mais que sejam leves, os movimentos são essenciais para estimular o retorno venoso e evitar as tromboses, o entupimento da veia por um coágulo, que impede a passagem do sangue e o seu retorno à circulação normal.

 

O registro de alta na incidência de tromboses em pacientes que positivaram para o COVID 19, embora ainda não tenhamos ainda dados e índices científicos comprovados, também tem deixado pacientes sobressaltados e curiosos a respeito dos fatores de risco e sinais da doença. De acordo com o que observamos na nossa rotina e discutimos com nossos colegas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, as chances de tromboembolismo aumentam nas pessoas com quadros severos após a infecção pelo vírus.

 

A nossa recomendação é estar atento aos sinais. Sintomas como dor, edema, inchaço, veias da perna aumentadas ou avermelhadas são um alerta.  É importante observar se os sintomas são unilaterais, porque dificilmente o trombo acontece simultaneamente em dois membros.  Os fatores de risco aumentam se o paciente for tabagista fizer reposição hormonal ou uso contínuo de anticoncepcional, obeso, sedentário, tiver feito cirurgia de grande porte recente, história familiar importante, fratura, trombofilia ou câncer.

 

Para as pessoas que têm mais de 40 anos e apresentam dois ou mais fatores de risco, recomendamos o check up vascular, investigação minuciosa e precisa, com exames de imagem avaliação clínica cuidadosa. O diagnóstico inclui ultrassonografia (USG) com doppler colorido de carótidas e vertebrais, aorta e ilíacas e veias de membros inferiores.